
No
outro dia acharam um corpo. Era de um homem e quando olharam para seus pés viram que ele estava apenas uma de suas
botas nos pés. Ninguém o conhecia, apenas sabiam que morava numa humilde
casinha do bairro e que não tinha nenhum parente por perto. Então o enterraram como indigente.
Depois
de alguns dias apareceu o homem que os moradores tinham enterrado, assustando a
vizinhança.
Os
que viam diziam que ele mancava desesperado e não parava de dizer: “Eu quero
minha bota! Eu quero a minha bota”!
Os moradores do bairro não queriam mas sentar à noite nas portas para conversar,
porque o homem não parava de assustá-los e não era só à noite mas quando as
pessoas iam passar nas pontes, ele aparecia pedindo sua bota.
As pessoas não aguentavam mas aquele homem, então resolveram procurar o
delegado para investigar o caso e chegando na delegacia, os moradores contaram
a história mas, o delegado achava que aquilo era mentira e mesmo assim mandou seus
soldados irem prender o tal homem da bota invisível.
Prenderam um homem suspeito de
ser o fantasma que tinha roubado o sossego do bairro. Colocaram numa sela e
quando anoiteceu, os soldados ficaram vigiando o rapaz. Mas acabaram dormindo e
quando acordaram viram que o homem não estava mais lá, o delegado ficou assustado
com tudo aquilo.
Os moradores resolveram chamar um
padre para rezar na casa do homem e viram que lá tinha uma bota e depois que
eles rezaram na casa, o homem nunca mais foi visto, não assustou mais ninguém. Só
que até hoje ele existe na memória dos antigos moradores do bairro Belo
Horizonte e até o bar onde ele morreu, existe até hoje!
Texto Produzido para o Participar do Projeto Marabá Leitora promove primeiro encontro com homenagem a escritores locais
Texto Produzido para o Participar do Projeto Marabá Leitora promove primeiro encontro com homenagem a escritores locais
Um trabalho desenvolvido pela professora Luciane Ribeiro.
1 Autor: David Sousa da Silva, 13 anos,
nasceu em Marabá/PA.
Narradora: Lusinete Bezerra da Silva nasceu
em Cacimba de Areia/PB, e a mais de vinte anos mora em Marabá.
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