segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

As caracteristicas do genero cronicas


Produção textual
A professora Isabel Cristina esta desenvolvendo um excelente trabalho com os aluno do 9º ano da escola Paulo Freire. O objetivo destas atividades é produção de texto, dando ênfase a coerência e coesão textual.
Neste primeiro momento ela está trabalhando o texto "Cobrança", para em seguida instigar a produção textual. E aguardem que na próxima semana nós estaremos publicando os textos produzidos pelo nossos alunos.
 


 
Cobrança
Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para o outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: “Aqui mora uma devedora inadiplente”.
_ Você não pode fazer isso comigo – protestou ela.
_Claro que posso – replicou ele. _ Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inediplente. E eu sou obrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
__ Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
__ Já sei – ironizou ele. – você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fzendo.
__ Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
__ Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando este cartaz, até você saldar sua dívida.
Neste momento começou a chuviscar.
__ Você vai se molhar – advertiu ela. __ Vaia acabar ficndo doente.
Ele riu, amargo:
__ E daí? Se você está preocupada com minha saúde, pague o que deve.
__ Posso lhe dar um guarda-chuva...
__ Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda chuva.
Ela agora estava irritada:
__ Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
__Sou seu marido – retrucou ele – e você é miha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que quer você que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.
Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: cotiuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregndo o seu cartaz.
(Moacyr Scliar. O imaginário cotidiano. São Paulo: Globo, 2001.)

. Usa 1ª pessoa do verbo, singular e plural.
. Usa discurso direto no diálogo, vebos de dizer.
. Traz aspectos de oralidade para a escrita: expressões de convers família/ítima, repetições, pronome você.
. Partilha fatos cotodianos com o leitor, dando singularidade a eles.
. Usa marca de tempo e lugar que revelam fatos cotidianos.


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